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segunda-feira, fevereiro 21, 2005

O Estado da Nação 

Falar das opções de voto ou da pertinência de ir ou não às urnas parece ser o tema do dia. Muitas discussões são possíveis mas eu opto por deixar aqui três singelas ideias:

1º Se devemos ir ou não votar!
Estamos num país livre e por isso cada um sabe de si. O que não é mais possível tolerar, são os eternos queixumes de pessoas que falam mal do sistema e dos políticos, e depois não contribuem individualmente para que as coisas mudem. É legitimo querer votar mas o contrário também o é, desde que apresentemos argumentos que justifiquem as nossas acções.

Entre a abstenção, que atingiu cerca de 34%, provavelmente encontramos pessoas mal informadas, pouco sensibilizadas e pouco conscientes da necessidade de ir votar. Em menos quantidade, encontramos outras pessoas que, conscientemente, não votam porque não acreditam nos partidos, na política ou no sistema de voto.

A diferença é que, os 1ºs fazem parte dos que dizem "estou-me a cagar" e os 2ºs fazem parte de outro grupo que diz "não voto por causa deste ou daquele argumento". Os 1ºs não sabem em quê que acreditam, aliás nunca se questionaram sobre isso, os 2ºs defendem práticas políticas alternativas. Resumindo, os 1ºs não põem em prática o chamado exercício da cidadania, os 2ºs sim.

2º Acreditar ou não nos políticos!
Para mim, hoje, já não se trata de acreditar em ideologias políticas. Hoje pedem-nos que acreditemos nos políticos e nas suas políticas, mas também nos pedem que gostemos da cara deles e que opinemos sobre as suas vidas privadas. As campanhas promovem caras, sorrisos e slogans que só alimentam a tendência que temos para sermos superficiais, o que nós confundimos com sermos "modernos" e "muito à frente".

Sou pouco crente relativamente à maioria das políticas e dos políticos que governam este mundo, e sinto-me, quase sempre, uma mera espectadora num show que eu não paguei para ver. Acredito em acções/políticas locais, contextualizadas, pensadas à medida das necessidades e construídas COM o povo e não PARA o povo.

Talvez seja por isso que a taxa de abstenção seja tão elevada! Afinal de contas, as políticas são deles, feitas por eles e visam, mais vezes, a concretização de objectivos partidários (obter maiorias, visibilidade, promessas de carreira política, subidas de estatuto, trocas de interesses do tipo "uma mão lava a outra") do que a análise dos problemas reais e a concretização de políticas que promovam a tão necessária "cultura de participação".

Resumindo e concluindo, grande parte dos políticos passam-nos verdadeiros atestados de estupidez! E estão pouco interessados que pensemos por nós próprios!

3º Também há aqueles que não podem votar!
Já imaginaram quantos são os cidadãos, que vivem em Portugal há muitos anos, alguns até já nasceram cá, e no entanto, não têm nacionalidade portuguesa. Como podem esses votar e demonstrar o seu descontentamento, se nem sequer são considerados cidadãos portugueses! No entanto, o Estado português obriga-os a serem contribuintes, a declararem os seus rendimentos e a pagarem impostos!

Quantos são?! Muitos, muitos mesmo! Os seus votos fariam diferença, não?!

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Já faz 1 ano! 

Como o tempo passa depressa!!!

Este mês faz 1 ano que a Black Mamba existe aqui neste covíl virtual. Não foram muitos posts, ou pelo menos, não tantos quanto aqueles que desejaria de ter publicado! Mesmo assim, foi o possível e como sou apologista do "antes pouco mas bem", a quantidade não é de todo um problema!

Por outro lado, a internet, para mim, é uma ferramenta de trabalho, utilizo-a moderadamente consoante as minhas necessidades, mas felizmente o meu trabalho leva-me a passar mais tempo na rua, com crianças, jovens e adultos, tanto em associações como em escolas, seja em fóruns, seminários, workshops ou acções de formação ou simplesmente em conversas informais, um pouco por todo o lado, do norte ao sul do país.

É um trabalho "microscópico" e os resultados nunca são imediatos, mas contactar diariamente com pessoas diferentes, seja em idade, cultura ou formação, é uma experiência que além de me enriquecer, em muito, como pessoa, ajuda-me a reflectir como profissional.

Outra parte do tempo, e dessa depende a minha sanidade mental e o meu equilibrio emocional, pertence à música. A procurar, a ouvir, a comprar, a tocar discos e a partilhar com o público, nos meus sets, as minhas referências musicais.

Somando tudo isto, aqui têm mais um pouco daquilo que sou e de como o hip hop, da forma como eu o interpreto, está presente em todos os momentos da minha vida, 24/7.

Se vos interessar, hoje convido-vos a vasculhar os arquivos e relembrar alguns dos posts já publicados. Se não, têem bom remédio, façam skip!


A espalhar veneno com muuuito amor,

Black Mamba



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