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terça-feira, março 30, 2004

Yo passa ai a cena, man! 

Este foi o título de um pequeno artigo publicado no passado Domingo dia 28 de Março no Jornal de Notícias. Não sou leitora deste jornal nem tão pouco me agrada a escrita ou a visão que fazem da nossa realidade social. Talvez por isso não me tenham surpreendido com o tal artigo mas tenho que esclarecer-vos melhor.
As linhas que se seguem são única e exclusivamente da autoria do Jornal de Notícias, escritas por alguém que não assume identidade nenhuma, mas pelo pouco que se pode ler mal deve saber escrever!

" Yo! A malta tasse tasse tasse bem, yo! Curte umas cenas, assim tipo interventivas, abaixo a cultura-segregacionista, o hip hop é qu’stá a dar e até já formou nação. Tem direito a passatempo nas rádios e a revista especialidade. Yo! Com um best das melhores sonoridades em CD por cada edição que a malta compra. Yo! Mentes Concientes, Black Moon para ouvir e Outkast no melhor ano dos men, para ler e ver no video. Ou não custasse a coisa cinco euros, tem que os valer, tás a ver!? E um CD não chega man. A minha dama e eu, aqui o Dread, quer mais, sempre mais, muito mais. Yo! Para ‘tar bem, mesmo bem. A “Hiphop Nation” ‘tá aí para satisfazer a malta. Além do CD vem acompanhada um magnífico embrulho de mortalhas. Para a malta fumar umas cenas, ‘tás a ver!? Ddaahhaah!!!"

A revista Hip Hop Nation já está a tomar as devidas previdências mas pede a todos os que compreendem que este artigo é de facto uma barbaridade, para se manifestarem enviando mensagens para o Jornal de Notícias.

A propósito, no sábado estava a ler um artigo no Jornal O Público com os resultados de um estudo levado a cabo pelo Alto Comissariado para as Minorias Étnicas em 2003, classificando ordenadamente os media (jornais e canais televisivos) que mais notícias publicaram relacionando minorias étnicas com criminalidade.
Nada surpreendente é o facto do Jornal de Notícias levar o 2º lugar nesta classificação, donde se pode concluir que, minorias étnicas, minorias culturais, ou tudo o que vai para além da inteligência destes "pobres de espírito" é excluido ou mal falado.
Moral da história: aonde é que isto já chegou!!Onde é que vai parar!

sexta-feira, março 19, 2004

Khapaz 

A Khapaz é uma Associação Cultural que fica no Seixal, mais especificamente na Arrentela.

Esta Associação, da qual faz parte o artista Chullage, tem vindo a desenvolver diversas actividades pedagógicas e culturais com a comunidade da Arrentela.

Este fim-de-semana tem início um ciclo de debates no espaço da associação que vão andar em torno de questões ligadas ao fenómeno globalização.
No próximo sábado, pelas 17h o assunto será "a brutalidade policial e a desigualdade social: o caso Tony " e mais tarde será exibido o video "A cidade dos homens".

quinta-feira, março 18, 2004

Kacetado e Nigga Poison na ZDB 

No dia 12 de Março, na passada 6ª Feira houve um concerto de Hip Hop na ZDB com Nigga Poison e O Kacetado.Nigga Poison (Praguinha e Carlão) fizeram uma primeira parte brilhante que deixou calada muita gente. O público estava tão à toa que ficou de boca aberta e muitas vezes sem se manifestar. As rimas, o flow com crioulo, o beatboxing de Praguinha, a força em palco de ambos. Uauu!! Senti, sim senhor! Nota máxima!
Além de temas originais Praguinha matou quando dropou rimas sobre um riddim jamaicano de dancehall. Lindo!

O concerto do Kacetado foi igualmente brilhante embora mais calmo depois da energia de Nigga Poison. Além dos temas do álbum, Kacetado dropou um tema novo onde se percebe claramente que este MC não vai deixar de nos surpreender com os seus flows (este tema faz parte de um projecto novo que ainda não revelou). A actuação dos Djs suporte, Kronic e Link, estiveram bem presentes e em sintonia em todos os momentos, como não poderia deixar de ser!

Ainda pelo meio, fomos surpreendidos pela presença em palco de Tekilla que aproveitou o concerto para filmar o vídeo de lançamento do seu primeiro álbum a sair brevemente pela Encruzilhada. Tekilla ofereceu ao público alguns temas do seu trabalho que deixaram curiosidade no público. Claro que, como não poderia deixar de ser, marcou a sua presença também pelo charme e simpatia para com o público.

Quem não esteve presente, esta foi uma excelente oportunidade para assistir a um concerto puro, duro e real! Estes artistas trabalham, caralho!!Já lá vai o tempo em que tudo era pouco e com fraca qualidade.
Concertos como estes ajudam-nos a ver a diferença entre o bom e o mau e a pôr de lado aquilo que não presta. Acreditem que já é relativamente fácil perceber quem está mais à frente e quem mostra trabalho!! Só é pena que o público às vezes pareça não acompanhar.


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