terça-feira, abril 05, 2005
eventos
Para os amantes do graffiti fica aqui a referência de uma exposição que está a decorrer no Bairro Alto (ver detalhes no flyer). Algumas razões para a visitar: 1º, porque se trata de uma exposição de trabalhos de writers portugueses; 2º, porque com sorte, aos fins de semana podem assistir ao processo ao vivo e a cores pela mão dos writers convidados. Mais informações poderão ser encontradas aqui.
No entanto, como apreciadora, mas sem querer tirar mérito a esta iniciativa, ocorre-me perguntar: qual a grande diferença entre visitar uma exposição de graffiti (com os trabalhos dos writers apresentados em telas) e uma exposição de pintura em que a técnica utilizada para pintar seria a mesma dos writers, i.e., a lata de spray/ aerógrafo?
Actualmente o graffiti ainda é ignorado e mal interpretado em muitas cidades deste pais. Para mim, antes de apreciar na tela, é preciso compreendê-lo e apreciá-lo na rua, nas paredes, nos comboios ou em qualquer outro spot em que o writer tenha decidido pintar. Então, não será a própria cidade a melhor espaço para uma "exposição"? Porque não, dar um mapa de orientação e fazer com que as pessoas procurem com os seus próprios sentidos, os spots onde encontrarão os graffs? Talvez assim, elas compreendam verdadeiramente o que significa fazer um graff, muitas vezes, com pouca luz (há que pintar de noite para evitar a bófia), em locais menos acessíveis ou em locais em que se corre grande risco de vida! Talvez assim compreendam as intenções e mensagens dos writers! Se souberem apreciar assim, então até podem comprar uma tela pintada por um writer, mas dai a chamar-lhe graff, uuhhmm! Isto é a primeira coisa que me ocorre, como admiradora, no entanto, esclarecimentos serão sempre bem vindos.
No dia 19, a fechar a exposição estará Mr. Cheeks nos pratos, e Martha Cooper, a autora do livro de fotografias "Hip Hop Files" (que já foi aqui referenciado há uns posts atrás), também estará presente para lançar o seu livro no nosso pais.
E por falar em Mr. Cheeks, é ele que também vai actuar ao lado de Africa Bambaataa já no próximo dia 28 de Abril na discoteca Lux. Não deixa de ser curioso, saber que o local que recebe agora um dos grandes percursores do hip hop, mais concretamente, o djaying, é também o local que tem barrado a entrada a muitos djs de hip hop e mcs portugueses! Por isso, talvez este não seja o espaço ideal, mas como o hip hop está na moda e where money rules...vocês sabem.
No entanto, como apreciadora, mas sem querer tirar mérito a esta iniciativa, ocorre-me perguntar: qual a grande diferença entre visitar uma exposição de graffiti (com os trabalhos dos writers apresentados em telas) e uma exposição de pintura em que a técnica utilizada para pintar seria a mesma dos writers, i.e., a lata de spray/ aerógrafo?
Actualmente o graffiti ainda é ignorado e mal interpretado em muitas cidades deste pais. Para mim, antes de apreciar na tela, é preciso compreendê-lo e apreciá-lo na rua, nas paredes, nos comboios ou em qualquer outro spot em que o writer tenha decidido pintar. Então, não será a própria cidade a melhor espaço para uma "exposição"? Porque não, dar um mapa de orientação e fazer com que as pessoas procurem com os seus próprios sentidos, os spots onde encontrarão os graffs? Talvez assim, elas compreendam verdadeiramente o que significa fazer um graff, muitas vezes, com pouca luz (há que pintar de noite para evitar a bófia), em locais menos acessíveis ou em locais em que se corre grande risco de vida! Talvez assim compreendam as intenções e mensagens dos writers! Se souberem apreciar assim, então até podem comprar uma tela pintada por um writer, mas dai a chamar-lhe graff, uuhhmm! Isto é a primeira coisa que me ocorre, como admiradora, no entanto, esclarecimentos serão sempre bem vindos.
No dia 19, a fechar a exposição estará Mr. Cheeks nos pratos, e Martha Cooper, a autora do livro de fotografias "Hip Hop Files" (que já foi aqui referenciado há uns posts atrás), também estará presente para lançar o seu livro no nosso pais.
E por falar em Mr. Cheeks, é ele que também vai actuar ao lado de Africa Bambaataa já no próximo dia 28 de Abril na discoteca Lux. Não deixa de ser curioso, saber que o local que recebe agora um dos grandes percursores do hip hop, mais concretamente, o djaying, é também o local que tem barrado a entrada a muitos djs de hip hop e mcs portugueses! Por isso, talvez este não seja o espaço ideal, mas como o hip hop está na moda e where money rules...vocês sabem.
Mantenham...
